terça-feira, 2 julho, 2024
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    Tempestades tropicais estão se tornando tão poderosas que se cogita a criação de Categoria 6


    Dado o aumento progressivo da intensidade das tempestades tropicais na última década, alguns especialistas estão debatendo a ampliação da escala de intensidade utilizada para classificar esse fenômeno — assim, surgiriam tempestades tropicais da categoria 6 na Escala de Ventos de Tempestades Tropicais de Saffir-Simpson. A sugestão partiu de cientistas da Universidade de Wisconsin-Madison e do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley.

    Atualmente, a classificação desses eventos varia apenas de 1 a 5, com base na velocidade máxima do vento sustentado. Na categoria 5, uma tempestade tropical precisa apresentar velocidade de vento de 252 km/h ou superior. Considerando que diversas tempestades têm ultrapassado esse limite nos últimos anos, tem sido percebida a ausência de uma escala mais ampla para definir a intensidade do fenômeno.

    Tempestades tropicais mais intensas

    Quando uma tempestade tropical atinge a categoria 5, são observados danos consideráveis em sua rota, resultando na queda de árvores e postes, além da destruição de residências. A região impactada acaba ficando inabitável por semanas ou até meses. Desde 2013, pelo menos cinco tempestades teriam atingido a suposta categoria 6, que seria definida por velocidades de 309 km/h ou mais.

    Entre essas tempestades estão incluídos o Furacão Patricia e os Tufões Meranti, Goni, Haiyan e Surigae. O Furacão Patricia atingiu o México e partes dos Estados Unidos em 2015, com velocidades de vento de até 346 km/h, sendo o ciclone tropical mais potente do hemisfério ocidental. Com as mudanças climáticas, a tendência é apenas piorar — e as tempestades tropicais, inclusive, exercem influência no aquecimento dos oceanos.

    As temperaturas mais elevadas na superfície marinha conferem mais energia às tempestades tropicais, aumentando sua intensidade e a velocidade de seus ventos. Além disso, elas podem acabar permanecendo mais tempo sobre as áreas atingidas e causando danos mais significativos. Nenhuma instituição oficial adotou a categoria 6 para a Escala Saffir-Simpson, mas desde pelo menos 2019, com o Furacão Dorian, a ideia tem sido comentada por outros especialistas.

    O problema da escala com 5 níveis é que o seu nível máximo deixa margem para confusão na classificação — uma vez que qualquer velocidade superior a 252 km/h é considerada, perdemos o ponto de referência. Em uma época de tempestades tropicais menos intensas, talvez não fizesse sentido ampliar os níveis, mas agora, faz. À medida que as crises climáticas se agravam, torna-se mais provável a ocorrência de tempestades cada vez mais sérias, e a adoção da nova categoria acabará se tornando inevitável.

    Fonte: PNAS 1, 2

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