Imagens obtidas por satélite ilustram uma incrível espiral verde formada no Mar Báltico durante uma grande expansão de algas. Apesar da beleza, o acontecimento criou uma extensa e nociva “zona morta” na área.
Fenômeno raro
- De acordo com o Observatório da Terra da NASA, o redemoinho tinha cerca de 25 quilômetros de diâmetro e apareceu no Golfo da Finlândia, uma parte do Mar Báltico que fica entre Finlândia, Estônia e Rússia.
- Ele era composto basicamente por minúsculas bactérias marinhas fotossintetizantes, conhecidas como cianobactérias, além de alguns plânctons chamados diatomáceas.
- As criaturas microscópicas ficaram retidas no local devido a duas correntes oceânicas opostas que se chocavam na região.
- Estudiosos explicam que é usual as algas serem arrastadas pelos fenômenos, porém um redemoinho dessa magnitude é algo extremamente incomum.
![Turbilhão de algas no Mar Báltico surpreende, mas é perigoso 9 floracao de algas toxicas nasa](https://implicitante.com/wp-content/uploads/2024/05/floracao-de-algas-toxicas-nasa.jpg)
Grande quantidade de algas causa riscos para a vida marinha
As algas florescem naturalmente na região do Mar Báltico no verão em razão da abundância de nutrientes. No entanto, essas expansões têm ocorrido em dimensões e frequência cada vez maiores nas recentes décadas. Uma das justificativas para isso é o despejo de produtos agrícolas nas águas, o que amplia ainda mais a presença de nutrientes.
Segundo os estudiosos, quando as algas se acumulam próximas à superfície, elas reduzem temporariamente a quantidade de oxigênio nas águas, sufocando criaturas marinhas próximas. Essas áreas são qualificadas como “zonas mortas”. O problema é que, além das expansões estarem maiores, elas estão se tornando cada vez mais fatais para outras criaturas marinhas.
O aumento da temperatura da superfície do mar, impulsionado pelas mudanças climáticas, faz com que os oceanos retenham menos oxigênio do que o habitual. Em 2018, por exemplo, uma pesquisa revelou que, ao longo do século anterior, os níveis de oxigênio no Mar Báltico declinaram para seus níveis mais baixos em 1.500 anos. Tudo isso acaba culminando em um cenário que pode ser devastador para a vida marinha.