Agência de classificação elevou a avaliação da economia brasileira de BB- para BB; ministro celebrou a classificação
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta 3ª feira (19.dez.2023) que a elevação da agência de classificação S&P (Standard & Poor’s) do rating da economia brasileira de BB- para BB é consequência de uma “união entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”. A perspectiva da agência foi categorizada como estável.
O anúncio da S&P ocorreu após a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária no Congresso. O ministro comemorou a elevação da classificação e afirmou que “é um indicativo importante”. Elogiou o trabalho do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“Era a última agência a revisar a classificação do Brasil. A Moody’s e a Fitch já tinham feito isso, no meio do ano. Parece que a S&P estava aguardando o desfecho das reformas pelo Congresso”, disse Haddad.
“Essa união entre os Poderes, para estabelecer ordem nas contas, garantir Orçamento e programas sociais, as agências percebem que há coordenação em torno de objetivo maior e a reforma tributária realmente foi o ponto alto dessa trajetória”, disse.
O grau ainda é considerado como especulativo. Ou seja, a classificação BB ainda não confere ao Brasil o grau de investimento, segundo o critério da S&P. Para atingir o grau de investimento, terá que subir para BBB-, ou duas classificações acima. Foi a 1ª elevação na classificação de risco do Brasil na Standard & Poor’s desde 2011.
Em comunicado, o Ministério da Fazenda também celebrou o anúncio da agência de classificação. “A elevação da classificação pela S&P evidencia que estamos no caminho certo, com medidas acertadas que estão colocando o país na rota do desenvolvimento econômico e social sustentável”, disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
Em sua conta no X (ex-Twitter), a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que “a elevação da classificação de crédito do Brasil por mais uma agência de classificação confirma que o país está no rumo certo”.
A S&P era a única agência de classificação das 3 mais relevantes no mundo que mantinha o Brasil com 3 classificações abaixo do grau de risco. A agência havia alterado a perspectiva para “positiva” em junho. Já a Fitch havia elevado a classificação de BB- para BB em julho.
De acordo com a Fitch, a melhoria é resultado do “desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso”.