O presidente do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, declarou que Luiz Inácio Lula da Silva, atual chefe do Executivo, difere de Bolsonaro por possuir “grande prestígio”, em um vídeo que se tornou viral nos últimos dias. A entrevista foi concedida ao jornal O Diário, da região de Mogi das Cruzes (SP).
“Não há comparação com Bolsonaro. São completamente diferentes. Primeiramente, Lula possui grande prestígio. Ele não tem o carisma que Bolsonaro tem. Lula tem prestígio e popularidade. Ele é reconhecido por todos os brasileiros. Já Bolsonaro não. Bolsonaro teve apenas um mandato. Quando Lula foi eleito presidente, foi na quarta tentativa dele. Além disso, ele já havia tentado governar um estado”, afirmou.
Em entrevista à Folha de S.Paulo na sexta-feira (12), Valdemar Costa Neto alegou que suas declarações foram “retiradas de contexto”. “O que disse sobre Lula é verdade. Se não falar a verdade, perco a credibilidade, que é o que me resta na política. Ninguém pode negar que ele foi um bom presidente. Ele elegeu Dilma Rousseff. Apenas estava fazendo uma comparação: Lula tem prestígio; Bolsonaro possui algo que ninguém mais tem no mundo: carisma”, afirmou à Folha.
Na mesma entrevista à Folha, Costa Neto elogiou Lula pela escolha do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, como ministro da Justiça. “Lewandowski tinha todas as qualificações para ser ministro da Justiça. Ele é qualificado, um homem de bem, alguém que sempre agiu com firmeza. [Lula] acertou, não é mesmo? Assim como no caso de [Cristiano] Zanin, não foi uma boa indicação?”, questionou.
Na entrevista ao jornal O Diário em dezembro, além da comparação entre Bolsonaro e o presidente atual, Costa Neto também afirmou que o senador Sergio Moro (União-PR) agiu fora dos limites da lei para prender Lula. “Se ele [Lula] cometeu algum erro, deveria ter sido condenado dentro da lei. Moro errou. Ele ultrapassou os limites da lei. E ninguém esperava que Moro quisesse ser presidente. As pessoas já esqueceram, mas Moro foi candidato a presidente. Ele percebeu que não daria certo e desistiu, tentou ser candidato a senador, mas fez tudo isso visando à presidência. Ele ultrapassou os limites da lei”, comentou o presidente do PL.
