O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu liberdade temporária a Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), neste sábado, 10. No entanto, Moraes determinou que medidas cautelares fossem seguidas.
A decisão foi tomada após parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), a qual afirmou que, dada a idade avançada de Costa Neto, 74 anos, e a ausência de violência ou ameaça grave no suposto crime, a soltura era apropriada. Sendo assim, Moraes optou por conceder a liberdade temporária.
Fabio Wajngarten, advogado que atua na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, se pronunciou nas redes sociais após a liberação de Costa Neto. “Eu não tenho palavras para agradecer a tantos amigos próximos e distantes que se mobilizaram para nos ajudar nesse momento desafiador”, disse. “Foram horas seguidas no telefone, noites sem dormir e uma corrente de ações construtivas. Agradeço também ao ministro da Corte Suprema, pela sua compreensão e decisão. É hora do presidente Valdemar rever sua família e descansar.”
Detenção de Valdemar Costa Neto
Na quinta-feira, 8, a Polícia Federal (PF) prendeu Costa Neto durante a Operação Tempus Veritatis. Durante o cumprimento dos mandados judiciais, foi encontrada uma arma de fogo registrado em nome do presidente do PL, porém, com o registro vencido. Portanto, isso motivou a detenção de Costa Neto.
Além disso, a PF também descobriu uma pepita de 40 gramas de ouro bruto, que supostamente teria origem em garimpo ilegal.
>A defesa de Valdemar Costa Neto afirmou na ocasião que “não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência”.
“A arma é registrada, tem uso permitido, pertence a um parente próximo e foi esquecida há vários anos no apartamento dele”, justificou a defesa. “Como pode alguém ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que segundo a própria auditoria da Polícia Federal vale cerca de 10 mil reais?”