Os valores da soja tiveram uma significativa queda em janeiro tanto no Brasil quanto na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) ao longo desse mês.
Apesar dos problemas específicos no Brasil, a entrada de uma grande safra da América do Sul no mercado e as incertezas sobre a demanda influenciaram nas cotações.
Variação de preços da saca em janeiro
- Passo Fundo (RS): reduziu de R$ 137 para R$ 120
- Cascavel (PR): caiu de R$ 131 para R$ 109
- Rondonópolis (MT): diminuiu de R$ 140 para R$ 118
- Porto de Paranaguá: passou de R$ 140 para R$ 118
Comercialização sem ritmo
Devido à queda, a comercialização desacelerou, com os produtores priorizando a colheita.
Os prêmios diminuíram, devido à situação fundamental. A iminência da entrada de uma grande safra e a demanda enfraquecida da China, devido à aproximação do feriado do Ano Lunar naquele país, tiveram impacto.
Soja em Chicago
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Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em março, os mais negociados, tiveram desvalorização de 5,8%, encerrando o mês a US$ 12,22 por bushel.
Apesar de alguns repiques técnicos, a situação fundamental prevaleceu e pressionou as cotações futuras.
A colheita avança em ritmo adiantado no Brasil e a soja do maior produtor mundial amplia a disponibilidade, pressionando as cotações.
Apesar dos problemas com a escassez de chuvas em Mato Grosso, o Brasil deverá colher, no mínimo, 150 milhões de toneladas, conforme estimativa de Safras & Mercado.
Junta-se a isso a safra brasileira, uma produção farta na Argentina. Após perder mais da metade da safra no ano anterior, os produtores argentinos deverão colher 52,5 milhões de toneladas, conforme dados divulgados pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires.
Comparando com a campanha anterior, seriam cerca de 30 milhões de toneladas a mais no mercado. Paraguai e Uruguai também terão boas safras.
Câmbio
Em relação ao câmbio, janeiro marcou uma recuperação, com a moeda americana subindo 1,73%, a R$ 4,9358. O primeiro mês do ano refletiu uma maior aversão ao risco financeiro, resultando nessa valorização.
Ainda assim, a moeda se manteve abaixo de R$ 5,00, tendo pouca influência sobre o movimento do mercado interno.