sábado, 6 julho, 2024
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    Vegetais do Denso desenvolvem estratégias para resistir as queimadas

     

    Em estudo publicado na revista Flora, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) detalharam algumas das diferentes estratégias que as vegetação do Denso desenvolveram ao longo da evolução para se proteger do queima e rebrotar rapidamente em seguida episódios de incêndio.

    O cláusula tem porquê primeiro responsável o doutorando Marco Antonio Chiminazzo e foi reconhecido porquê Highlighted Student Research (Destacada Pesquisa de Estudante) pela revista. Aluno de pós-graduação da Unesp em Rio Simples, Chiminazzo recebeu pedestal da FAPESP durante seu mestrado e doutorado.

    Participaram da pesquisa sua orientadora, Alessandra Fidelis, professora do Departamento de Biodiversidade da Unesp-Rio Simples; sua coorientadora Aline Zabumba, pós-doutora pela mesma instituição; e seu coorientador Tristan Charles-Dominique, pesquisador na Sorbonne Université e na Université de Montpellier, na França.

    “Eventos de queima fazem seção da história da vegetação savânica do Denso. Para sobreviver às queimadas, as espécies vegetais desenvolveram diversas estratégias, que foram aprimoradas por diferentes linhagens ao longo da evolução. Desde os primeiros estudos feitos no bioma, é sabido que as vegetação do Denso possuem cascas espessas, capazes de proteger seus tecidos internos”, contou o doutorando.

    “E também uma grande pluralidade de órgãos subterrâneos, capazes de confirmar a rebrota a partir de estruturas protegidas inferior do solo. Todavia, as duas estratégias exigem grande mobilização de recursos por seção das vegetação. Nossa pergunta principal foi se elas poderiam realizar ambas ao mesmo tempo – isto é, se espécies típicas do Denso que possuem órgãos subterrâneos também seriam capazes de produzir quantidades significativas de casca supra do solo”, explica Chiminazzo.

    Outrossim, oferecido o potencial de espécies se propagarem de forma clonal, dependendo do tipo de órgão subterrâneo que possuam, o pesquisador buscou investigar se existe alguma diferença na produção de casca e proteção de gemas entre espécies com e sem a capacidade de desenvolvimento clonal.

    Visto que vegetação clonais geralmente são menores, pois dividem seus recursos entre desenvolvimento em profundidade e desenvolvimento lateral, buscou-se saber também se há relação entre a profundidade máxima que as vegetação podem crescer e a capacidade de se propagar ou não de forma clonal.

    “O que fizemos, em um primeiro momento, foi repassar a literatura, a termo de identificar espécies lenhosas do Denso cujos órgãos subterrâneos e taxas de produção de casca supra do solo haviam sido descritos. Em seguida, realizamos excursões de escavação e safra em áreas de campo sujo e de fechado stricto sensu a termo de indagar os órgãos”, conta Chiminazzo.

    As excursões foram realizadas na Estação Ecológica de Santa Bárbara, no município de Águas de Santa Bárbara, interno de São Paulo.

    “Posteriormente, as espécies foram agrupadas em relação aos seus tipos de órgãos subterrâneos e à capacidade de se desenvolverem ou não de forma clonal. Avaliamos três tipos de órgãos subterrâneos mais comuns encontrados em savanas: rizoma lenhoso, também divulgado porquê sóbole, responsável pelo desenvolvimento clonal; e xilopódio e root crown, que não proporcionam desenvolvimento clonal”, prossegue o pesquisador.

    Por meio da confrontação entre órgãos subterrâneos e taxa de produção de casca, o estudo mostrou que as espécies do Denso são capazes de produzir altas quantidades de casca, de até 0,9 milímetro por unidade de desenvolvimento, e, ao mesmo tempo, apresentar órgãos inferior do solo especializados para a rebrota.

    Ou seja, as espécies do Denso podem tanto se proteger do queima supra do solo quanto esconder grande seção de sua biomassa inferior do solo, que atua porquê isolante térmico durante as queimadas.

    “Também encontramos uma separação clara entre espécies que crescem de forma clonal e aquelas que ocupam um único espaço durante todo o seu ciclo de vida. Especificamente, vimos que espécies clonais que apresentam rizomas lenhosos geralmente possuem maior produção de casca, melhor proteção e um maior potencial de crescer em profundidade quando comparadas a espécies que possuem xilopódios e root crowns”, informa Chiminazzo.

    Segundo o pesquisador, essas diferenças sugerem duas estratégias distintas de vegetação capazes de rebrotar de gemas subterrâneas: o desenvolvimento clonal, atrelado a um esforço considerável na proteção de ramos aéreos; e a persistência em um mesmo sítio, possivelmente ligada a um maior esforço em gemas presentes em órgãos subterrâneos.

    “Leste trabalho revela que espécies do Denso são capazes de ‘apostar’ em diferentes estratégias para se proteger do queima. Geralmente, espera-se que a espécie ‘invista’ em estratégias supra ou inferior do solo. Ou seja, uma coisa ou outra. O potencial de ‘investir’ em ambas as estratégias indica uma grande adaptação ao queima por seção de vegetação lenhosas do Denso”, comenta Zabumba.

    “Por apresentarem estratégias de regeneração e persistência tanto aéreas quanto subterrâneas em relação ao queima, essas espécies podem sobreviver a eventos de queimada de diferentes intensidades”, finaliza.

    Uma vez que explica a pesquisadora, os próximos passos envolvem compreender em quais regimes de queima as estratégias de regeneração e persistência aéreas, subterrâneas ou a combinação de ambas são favorecidas.

    “Isso talvez contribua para uma melhor compreensão dos diferentes estoques de carbono supra e inferior do solo no Denso. Outrossim, uma confrontação com diferentes savanas ao longo do orbe permitirá estimar se os resultados deste estudo também se estendem a outros tipos de vegetação que são expostos a eventos de queima”, afirma Zabumba.

    O estudo também recebeu financiamento por meio de outros dois projetos (17/02934-1 e 15/06743-0).

    Bioma em risco

    O Denso é hoje o bioma mais ameaçado do Brasil. Enquanto o desmatamento da Amazônia diminuiu de forma significativa em 2023, o desmatamento do Denso atingiu percentuais recordes. Nos cinco primeiros meses do ano, cresceu 35% em confrontação com o mesmo período do ano anterior.

    Esse acréscimo corresponde a 3.532 quilômetros quadrados de ruína. E os números, divulgados pelo Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (Inpe), são extremamente preocupantes, pois, além de ser a savana mais biodiversa do mundo, detentora de 33% de toda a biodiversidade brasileira, o Denso abriga as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul.

     

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