terça-feira, 2 julho, 2024
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    Xi Jinping chegará ao Brasil em novembro para debater participação brasileira em novo empreendimento econômico da China | Projeto econômico | Rota Alternativa da Seda | Reunião do G20


    O dirigente chinês, Xi Jinping, realizará uma visita ao Brasil em novembro, onde se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A viagem foi confirmada por fontes oficiais à Gazeta do Povo e coincidirá com a Reunião do G20, bloco presidido pelo Brasil neste ano. A presença tem como propósito fortalecer os laços entre os dois países, focando na adesão do Brasil à proposta chinesa Cinturão e Rota, também conhecida como Rota Alternativa da Seda.

    A Iniciativa Cinturão e Rota constitui um plano chinês de financiamento de projetos em países em desenvolvimento, como portos e estradas, visando facilitar o comércio com a China. No entanto, diversas nações participantes do projeto se veem confrontadas com endividamentos significativos junto a Pequim, como é o caso do Suriname, Paquistão e Sri Lanka, sendo vítimas do que especialistas descrevem como “cilada da dívida”, prática habitual do governo chinês para obter controle sobre infraestruturas cruciais desses países por meio desse endividamento premeditado.

    Os projetos financiados pela Cinturão e Rota frequentemente envolvem acordos que demandam a utilização de mão de obra e materiais chineses, desrespeitando comumente legislações locais de concorrência e suscitando preocupações relacionadas à corrupção e questões ambientais. Apesar dessas polêmicas, a China tem logrado expandir sua influência por meio dessa estratégia, especialmente em países da África e América Latina.

    O encontro entre Xi e Lula visa discutir a adesão do Brasil à Cinturão e Rota, um objetivo de longa data da política externa chinesa. Especialistas indicam que essa integração seria extremamente vantajosa para a China, dadas as dimensões e relevância econômica do Brasil na América Latina. Xi Jinping também pretende negociar a criação de uma rota marítima e portuária que conecte o Atlântico ao Pacífico, promovendo o comércio chinês com a região latino-americana.

    O especialista Vito Villar, da BMJ Consultores Associados, salienta que a Rota Alternativa da Seda constitui uma estratégia de soft power – um meio de obter poder e influência sem recorrer a incursões militares – que busca preencher lacunas de mercado em países em desenvolvimento, trocando investimentos financeiros por respaldo político.

    A diplomacia brasileira se encontra dividida em relação à adesão ao projeto chinês. O embaixador Eduardo Saboia, do Itamaraty, manifestou desinteresse no ano anterior, argumentando que o Brasil já detém uma estrutura sólida de cooperação com a China. Por outro lado, Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e assessor especial da Presidência, enxerga a adesão como uma oportunidade e declarou ao jornal chinês Global Times que o Brasil está “aberto” a examinar essa possibilidade.

    A visita de Xi Jinping também espelha o crescente alinhamento político entre Brasil e China. Lula, que tem adotado uma postura crítica em relação aos Estados Unidos, tem se aproximado cada vez mais do Partido Comunista Chinês.

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