terça-feira, 2 julho, 2024
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    Barroso critica Bolsonaro e afirma que Forças Armadas tiveram atuação vergonhosa em 2022


    O juiz Luís Roberto Barroso, que lidera o Supremo Tribunal Federal (STF), censurou a politização das Forças Armadas nesta segunda-feira (4), apontando-a como resultado de uma liderança inadequada e descrevendo a participação delas como um ato lamentável na comissão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antes das eleições de 2022. A declaração foi semelhante à feita na semana anterior, em que mencionou que o comportamento dos militares foi “decepcionante”.

    “Foram manipulados e envolvidos na política, por líderes ruins, tiveram uma atuação lamentável no TSE. Convidados para auxiliar na segurança e na transparência, acabaram sendo influenciados por uma liderança equivocada a levantarem suspeitas falsas”, disse durante um evento na Faculdade de Direito da PUC-SP.

    Barroso relembrou sua iniciativa de convidar os militares para integrar a comissão de transparência eleitoral do TSE, com o objetivo de diminuir as críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas. Entretanto, a atuação dos militares na comissão resultou em mais ataques ao sistema eleitoral, levando membros de tribunais superiores a considerarem um equívoco o convite para a participação dos militares.

    O juiz também não economizou críticas à gestão do ex-presidente, apontando a ausência de demarcações de terras indígenas, a paralisação do Fundo Amazônia e o “negacionismo” durante a pandemia como exemplos de retrocessos. Ele ressaltou que tudo o que afirmava eram “fatos objetivos”.

    “As investigações estão revelando que estivemos mais próximos do que imaginávamos do inimaginável. Pensávamos que já tínhamos percorrido todos os ciclos de atraso institucional para termos que nos preocupar com ameaças de golpe de Estado. [Isso culminou] no dia 8 de janeiro de 2023, que não foi um processo espontâneo, foi uma articulação”, disparou.

    Luís Roberto Barroso atribuiu essa iminência de um golpe ao uso da inteligência para perseguir opositores, incentivo a acampamentos em frente a quartéis do Exército e ataques à imprensa.

    Após o evento, Barroso comentou sobre as críticas aos militares, enfatizando o papel constitucional das Forças Armadas e destacando que a politização delas depende menos da instituição e mais da liderança.

    “Enfatizei o papel exemplar que as Forças Armadas desempenharam nos 35 anos da democracia brasileira cumprindo funções constitucionais e fora da política. E um dos aspectos, que considero que já estamos superando, foi o que todos acharam ser uma politização indevida das Forças Armadas e que depende menos da instituição e mais da liderança”, concluiu.

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