Diante das recentes autorizações concedidas pela nação chinesa, o Brasil conta atualmente com 65 frigoríficos de bovinos aptos a exportar carne bovina para o país asiático.
De acordo com especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, isso indica o desejo da China em adquirir mais carne do Brasil e, para suprir essa demanda, as empresas precisarão de maior quantidade de animais. Impulsionados pelo potencial aumento na procura e pela variação nos preços, os criadores de gado também pretendem expandir seus rebanhos voltados para este mercado.
No médio ou longo prazo, é esperado que a produtividade e a qualidade do produto aumentem; alguns recebem inicialmente um valor extra, porém logo o que era considerado especial se torna o “comum”, trazendo descontos para quem não alcança os mesmos resultados.
No mercado, em algumas semanas, é provável que a busca por “boi China” aumente, mesmo em áreas onde essa classificação não era adotada por falta de frigoríficos autorizados. Os produtores reagem rapidamente a mudanças nos preços, devendo começar e intensificar investimentos para obter animais prontos para abate com até 30 meses de idade.
Vale ressaltar, no entanto, que a demanda pode estar concentrada nas mãos do principal comprador, a China, e essa situação traz consigo um risco de dependência, de acordo com os especialistas do Cepea.