sexta-feira, 5 julho, 2024
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    LIBERADO: Descubra quais frutas, hortaliças e legumes os cães podem consumir sem complicações

    Os cães são animais carnívoros. Isso quer dizer que eles se desenvolveram ingerindo proteínas de origem animal: a carne é o principal componente da alimentação canina. No entanto, alguns vegetais, hortaliças e legumes podem ser incluídos, desde que a dieta seja equilibrada.

    Existe uma tendência global de redução do consumo de carne entre os seres humanos. Um estudo de 2018, realizado pela Global Data (Londres, Inglaterra), revelou que 70% dos consumidores afirmam estar diminuindo o consumo de proteínas animais.

    Contudo, isso não significa que os animais carnívoros (incluindo cães e gatos) possam se tornar vegetarianos. Esses animais desenvolveram seus organismos ao longo de milênios para obter nutrientes por meio da caça.

    Alterações na alimentação

    Mesmo assim, os tutores podem inserir algumas frutas, hortaliças e legumes na alimentação dos cães. Na natureza, os lobos costumam consumir algumas frutas e raízes, especialmente para auxiliar na digestão.

    O que não é recomendado é transformar os cachorros em veganos. O veganismo ultrapassa a esfera alimentar, sendo um estilo de vida no qual os seres humanos optam por não explorar outras espécies animais por motivos éticos.

    Esse modo de vida é uma perspectiva que os cachorros não compartilham. Eles podem receber uma dieta exclusivamente vegetariana, porém, se fossem libertados na natureza, retomariam as atividades de caça.

    Uma dieta vegetariana exclusiva para cães é factível, mas demanda bastante trabalho e requer a suplementação de certos nutrientes ausentes (ou de absorção difícil) nas frutas, hortaliças e legumes.

    Assim como qualquer outra forma de alimentação, caso seja adotada, a dieta vegetariana deve atender a todas as demandas nutricionais dos cães em termos de quantidade e qualidade de proteínas, açúcares, gorduras, vitaminas e sais minerais.

    Vegetais no menu

    De maneira geral, os cães podem obter todos os nutrientes necessários para a saúde, bem-estar e qualidade de vida a partir de rações equilibradas. Os tutores precisam observar as condições de produção dessas rações, bem como a logística de distribuição dos produtos.

    Frequentemente, produtos industrializados com padrões de excelência acabam comprometidos parcial ou totalmente devido a condições inadequadas de transporte, armazenamento e exposição.

    Mesmo para aqueles que não planejam promover alterações radicais na alimentação dos cães, agregar alguns vegetais à dieta diária pode trazer benefícios. Vale ressaltar que oferecer frutas, hortaliças e legumes para cachorros é uma forma de complementaridade.

    Portanto, em algumas situações, ao oferecer um vegetal, é necessário reduzir proporcionalmente a quantidade de ração naquele dia. Os legumes costumam ser vistos como prêmios, agrados e recompensas, mas, caso sejam oferecidos com mais frequência, os tutores devem controlar possíveis ganhos de peso.

    Outro aspecto importante: sempre que houver mudanças no menu, é crucial seguir as orientações de um médico veterinário – de preferência, o profissional que acompanha o cachorro.

    Opções saudáveis

    Alguns petiscos feitos com vegetais podem ser bastante úteis para o treinamento dos cães. Eles podem inclusive substituir certas guloseimas, como ossos e bifinhos artificiais (alguns produtos disponíveis podem prejudicar a saúde dos peludos).

    Frutas, hortaliças e legumes também podem ser fornecidos em momentos de brincadeira e descontração, além de serem utilizados como recompensas. Alguns cachorros parecem apreciar determinados vegetais, embora o paladar não seja tão relevante para os nossos fiéis amigos.

    As frutas, hortaliças e legumes podem ser oferecidos crus ou cozidos apenas– apesar de parecer feito de água, o chuchu é muito nutritivo para os cachorros. Ele é uma boa fonte de fibras e vitaminas A, C e do complexo B. Além disso, contém minerais como cálcio, magnésio, potássio e fósforo, que são importantes para a manutenção da saúde dos cães.

    O chuchu pode ser oferecido cozido ou cru, em pedaços ou triturado. Ele é um ótimo petisco para os cães que gostam de sabores suaves e ajuda a manter a hidratação por causa do alto teor de água.

    – Assim como o chuchu, que é uma importante fonte de cálcio, ferro e magnésio, ele também fornece vitaminas A e C. Este vegetal é uma alternativa interessante para hidratar os cães, especialmente após (ou durante) atividades físicas intensas.

    Oferecer o vegetal em cubos ou talos estimula o interesse dos cachorros. Nestes casos, o chuchu pode ser dado cru, apenas com o cuidado de retirar a casca, que é áspera para o tato dos cachorros e, em alguns casos, contém espinhos.

    Jiló – normalmente, é oferecido para os pássaros, mas os cachorros também podem desfrutar dele. O ideal é servir o jiló cozido e resfriado (por ser pequeno, muitos peludos podem abocanhá-lo ainda quente e até mesmo sofrer queimaduras).

    O jiló é uma boa fonte das vitaminas A e do complexo B. A fruta também fornece fibras e boas quantidades de cálcio. Embora seja considerado amargo (e muito ruim) por várias pessoas, o jiló também está entre as preferências vegetais caninas.

    Pimentão – os cachorros podem comer pimentões vermelhos, verdes e amarelos (quanto mais intensa a cor, maior a concentração de betacarotenos). A fruta é fonte de cálcio, ferro e das vitaminas B1, B2, B5.

    Trata-se de um alimento pouco calórico, que pode ser dado com alguma generosidade. A maioria dos cachorros prefere a iguaria crua, mas o pimentão também pode ser cozido e misturado à ração. Nos casos em que é preciso aumentar a oferta de ferro, o pimentão pode ser cozido até se desmanchar e a água do cozimento, adicionada ao alimento diário.

    Quiabo – é rico em vitamina A e K, cálcio, fósforo, potássio e magnésio. O quiabo é pouco calórico (pode ser dado aos mais gordinhos), fornece fibras e pode ser oferecido cru ou cozido, de acordo com as preferências.

    O quiabo também é uma excelente fonte de polifenóis, substâncias que contribuem para a regularização do intestino, facilitam a digestão e combatem a ação dos radicais livres no organismo. Os tutores precisam controlar a ingestão, para evitar flatulência e diarreias.

    Vagem e orelha-de-frade – as duas variedades são úteis para controlar o nível do colesterol ruim (LDL) na corrente sanguínea dos cachorros. Pouco calórica, a vagem também pode ser incluída em todas as refeições.

    A vagem também tem outra função: ela controla a glicemia (índice de glicose no sangue), impedindo o aumento descontrolado. Os cães com diabetes são especialmente beneficiados com a ingestão do legume.

    As folhas e frutas

    É mais difícil convencer um cachorro a comer apenas folhas, mas tudo depende da personalidade do peludo. Os tutores podem experimentar agrião (fonte de vitamina C), alface (vitamina A e cálcio), couve (cálcio e ferro), espinafre (cálcio, ferro, fósforo, vitamina A e algumas do complexo B) e repolho (vitaminas A, B e K, além de propriedades anti-inflamatórias).

    Entre as frutas, é mais fácil identificar quais delas os cachorros não podem comer:

    • abacate – além do alto teor de gorduras (que contraindica para cães acima do peso), o abacate é rico em persina, substância tóxica que causa vômitos, diarreias e pode levar a insuficiências cardíacas, inclusive provocando a morte;
    • carambola – não é consenso, mas acredita-se que a fruta aumente os riscos de insuficiência renal, especialmente em cães predispostos a problemas no sistema excretor. É melhor deixar os cães longe da fruta;
    • uvas – ainda não são conhecidos totalmente os motivos, mas toda a parreira – talos, folhas, brotos, frutas (inclusive as passas), cascas e sementes são prejudiciais para os cães. Os efeitos das intoxicações dependem de uma série de fatos, como porte, idade e condições gerais da saúde, e vão de leves indisposições estomacais até estados de coma profundo.

    As frutas cítricas não são proibidas, mas podem causar problemas gástricos, como azia e indigestão. É o caso do limão, da laranja e do abacaxi. Para animais saudáveis, pode-se dar um pedaço pequeno e observar as reações.

    Todas as demais frutas podem fazer parte do dia a dia dos cachorros,seja como bonificação, seja como componente de uma alimentação específica. É importante retirar as cascas e sementes, pois podem provocar sufocamento e engasgamento.

    Os tomates, assim como todas as frutas da família das solanáceas, são abundantes em uma substância chamada solanina, que, consumida em grande quantidade, pode ocasionar desconforto estomacal. Um cão de tamanho médio não deve ingerir mais que meio tomate grande. Também fazem parte dessa família a berinjela, os pimentões e as batatas (doces, inglesas, etc.).

    Análises laboratoriais apontam que a casca da cereja possui pequenas doses de cianetos, elementos que podem provocar o óbito. No entanto, o teor de cianeto encontrado nessas frutas é tão reduzido que seria necessário consumir uma tigela de cerejas para que o envenenamento ocorresse; e, nesse caso, o animal possivelmente teria uma grave indigestão.

    Em algumas situações, como as maçãs e as peras de todas as variedades, as sementes podem conter pequenas cápsulas de gases nocivos, que inclusive podem ser fatais, especialmente para cães de pequeno porte idosos ou doentes. Geralmente, as substâncias são neutralizadas durante a colheita, transporte, etc.

    De toda forma, é fundamental ter cautela ao oferecer frutas aos cachorros, mesmo que eles gostem. A maioria fornece quantidades consideráveis de açúcares, que, em doses pequenas, fornecem energia para o organismo. Em excesso, podem gerar uma série de problemas, como sobrepeso e obesidade.

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