quarta-feira, 17 julho, 2024
spot_img
Mais

    Últimos Posts

    spot_img

    entenda a briga entre governo e Congresso


    Encaminhada nos últimos dias de 2023, a medida provisória (MP) 1202/23, que propõe a reoneração progressiva da folha de pagamento, gerou um ambiente de tensão entre governo e Congresso Nacional no início de 2024.

    Mesmo durante o recesso parlamentar, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a MP da reoneração como uma alternativa para substituir a prorrogação da isenção sobre a folha, mantida pelo Congresso em dezembro do ano passado depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetar o projeto de lei (PL) que previa a desoneração da folha de pagamento em 17 setores até 2027.

    Nesta terça-feira, 9, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), está reunido com líderes da Casa para discutir a tramitação da MP da desoneração, no retorno do recesso em fevereiro. Pacheco ainda pode devolver a medida ao governo.

    A desoneração e reoneração da folha são temas delicados na relação entre Executivo e Legislativo e contam com a pressão vinda das empresas.

    O que é desoneração da folha

    Em 2011, durante o primeiro mandato da então presidente Dilma Rousseff, ela desonerou quatro setores da economia que são grandes empregadores: call center, tecnologia da informação, confecções e calçados. Um ano depois, a lista aumentou para mais 12 setores da economia, entre serviços e indústria.

    A medida valia até o fim de 2020, mas foi prorrogada duas vezes pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, com validade até o fim de 2023. A ala econômica do governo Bolsonaro defendia uma desoneração mais ampla, mas não apresentou de fato um projeto sobre a questão.

    No fim de 2023, o Congresso prorrogou a desoneração até 2027, mas o projeto foi vetado integralmente por Lula e, posteriormente, os vetos foram derrubados por Câmara e Senado.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a MP da reoneração no fim do ano passado. A proposta sugere que as empresas dos 17 setores passem a pagar o imposto de uma maneira gradual.

    A reoneração só passa a surtir efeito em abril. Desse modo, os líderes tentam ganhar tempo para articular a MP e evitar que ela caduque antes de ter efeito. As medidas provisórias possuem validade de 120 dias a partir da data de publicação e, se não forem convertidas em lei, perdem a validade.

    O que prevê a MP da reoneração da folha

    A MP do governo petista prevê que o valor definido de contribuição previdenciária pelo salário de todos os empregadores formais das empresas diminua para até um salário mínimo, R$ 1.412. Desse modo, para aqueles que ganham até um salário mínimo, a contribuição do INSS a ser paga pela empresa vai ser reduzida ou isenta.

    Já para os que ganham mais do que um salário mínimo, o imposto cheio vai ser aplicado para os valores que ultrapassem os R$ 1.412. Em tese, as empresas são obrigadas a pagar 20% de INSS sobre os salários dos empregados com registro em carteira. Esse valor pode ficar isento, ou diminuir para percentuais menores, de 10% a 15%, para parte dos salários que for inferior ao salário mínimo, conforme a MP do governo.

    Segundo a lei aprovada pelo Congresso, as empresas dos 17 setores são isentas de pagar essa contribuição do INSS, em troca de pagar uma contribuição menor aplicada sobre a receita bruta.

    A ideia, conforme Haddad, é que esses setores se tornem “pilotos” para as próximas etapas da reforma tributária, que devem mexer com o imposto de renda sobre investimentos e empresas, além da tributação sobre o trabalho.

    Os 17 setores beneficiados com a desoneração, são: confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, empresas de construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação, tecnologia de comunicação, projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.



    spot_img

    Últimas Postagens

    spot_img

    Não perca

    Brasília
    céu limpo
    18.5 ° C
    20.4 °
    18.5 °
    59 %
    2.6kmh
    0 %
    qua
    25 °
    qui
    27 °
    sex
    27 °
    sáb
    27 °
    dom
    27 °

    52.14.184.10
    Você não pode copiar o conteúdo desta página!